Aprenda o significado dos números na Bíblia

A numerologia bíblica é o estudo dos números individuais nas Escrituras. Relaciona-se particularmente com o significado bíblico dos números, tanto literais quanto simbólicos.

Estudiosos conservadores permanecem cautelosos em atribuir muita importância ao significado dos números na Bíblia. Tal atribuição levou alguns grupos a extremos místicos e teológicos, acreditando que os números podem revelar o futuro ou revelar informações ocultas. Esses grupos mergulham no perigoso reino da adivinhação .

Significado Bíblico dos Números nas Escrituras Proféticas

Os números desempenham um papel simbólico importante nas Escrituras Proféticas da Bíblia. Embora seja importante lembrar que a interpretação dos números pode variar entre diferentes estudiosos e teólogos, aqui estão alguns significados comumente associados a certos números nas Escrituras Proféticas:

Um (1):

Representa unidade e singularidade de Deus. Também pode simbolizar o início de algo novo.

Dois (2):

Pode representar dualidade, testemunho ou contraste. Também pode simbolizar a divisão ou oposição entre forças espirituais.

Três (3):

É frequentemente associado à perfeição divina. Representa a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e também pode simbolizar plenitude, completude ou manifestação.

Quatro (4):

Simboliza a criação terrena. Representa os quatro elementos (terra, ar, fogo e água) e os quatro pontos cardeais. Também pode representar a totalidade da criação ou os quatro evangelhos.

Cinco (5):

Pode representar a graça de Deus ou favor divino. Também pode simbolizar a responsabilidade do homem para com Deus e os outros.

Seis (6):

Associado ao número do homem. Na profecia, pode representar a imperfeição ou incompletude em contraste com o número sete. Também é frequentemente associado ao Anticristo.

Sete (7):

É um número altamente significativo nas Escrituras Proféticas. Representa a perfeição divina, plenitude e conclusão. É comumente associado aos sete dias da criação e aos sete selos, trombetas e taças do Apocalipse.

Dez (10):

Representa a totalidade, a perfeição e o cumprimento do plano de Deus. Pode ser encontrado nas dez pragas do Egito, os dez mandamentos e as dez virgens da parábola de Jesus.

Doze (12):

É um número associado ao povo de Deus e à autoridade divina. Representa as doze tribos de Israel no Antigo Testamento e os doze apóstolos no Novo Testamento. Também é usado para representar o governo celestial.

Quarenta (40):

É frequentemente associado a períodos de provação, preparação ou julgamento. Pode ser encontrado nos quarenta dias e noites do dilúvio, nos quarenta anos de peregrinação do povo de Israel no deserto e nos quarenta dias de Jesus no deserto.

666

O número 666 é mencionado no livro do Apocalipse, no capítulo 13, versículos 16 a 18. Ele é associado à figura do “número da besta” ou “marca da besta”. Aqui está o trecho relevante:

“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.

Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13:16-18)

A interpretação desse número tem sido objeto de muitas especulações e interpretações ao longo dos séculos. Algumas teorias sugerem que ele pode representar uma pessoa específica, uma organização, ou simbolizar a oposição à perfeição divina.

No entanto, é importante ter cautela na interpretação, pois a Bíblia não fornece detalhes claros e inequívocos sobre a identidade exata ou o significado específico do número.

É importante lembrar que o Apocalipse é um livro profético altamente simbólico, e os números utilizados nele são frequentemente usados como símbolos e imagens para transmitir significados mais profundos.

Portanto, a interpretação do número 666 e seu significado exato continuam a ser objeto de discussão e especulação entre estudiosos e teólogos.